segunda-feira, 3 de agosto de 2009




O SERIAL KILLER QUE NUNCA MATOU NINGUÉM

CHARLES MANSON
C. WILLIS M.; n. 12/11/1934 – vivo ainda; americano

MORTES: responsável por cerca de 9 ou mais

HISTÓRIA
Quando, em 1970, Charles Willis Manson apareceu, no início de um julgamento, com um “x” na testa, feito à faca por ele mesmo, ele explicou à grande mídia presente que estava se “xizando” do mundo, que estava “saindo fora”. Na verdade, naquele dia ele só estava “oficializando” isto. Manson, desde criança, já vivia fora deste mundo de regras e leis.
Manson começou a ficar famoso no final do ano anterior, quando se descobriu o envolvimento de sua “Família” em crimes brutais e amplamente divulgados, de assassinatos, acontecidos poucos meses antes.

A Manson Family era formada por Charles e um grupo de seguidores seus. Viviam, à época, em um rancho. Sobreviviam especialmente de atividades criminosas, como furtos. À época, eram freqüentes comunidades parecidas a esta. Lembremos que foi o ano do festival Woodstock.
Woodstock (em uma fazenda em Nova Iorque) foi o protótipo do “paz e amor”: sexo livre, lama (duas tempestades durante o evento), drogas (LSD e maconha, especialmente). E, claro, muito rock and roll. Cerca de 500 mil pessoas viram (ou ao menos estavam lá...) performances históricas de Santana, The Who, Jimi Hendrix, Janis Joplin, entre muitos outros.
Um ano antes, o mundo havia sido sacudido pelas revoluções não-armadas, comandadas pelos jovens, em vários países. O chamado “Maio de 68”, em Paris, foi o ponto mais alto desta história. Pedia-se mais liberdade, menos controle.
Por tudo isto, a comunidade de Manson não chamava tanto a atenção. De fato, o seu envolvimento com as mortes foi descoberto meio “por acaso”. Em uma batida policial ao rancho, vários integrantes foram presos, por acusações de crimes mais simples. Mas, dentro da cadeia, uma das “garotas de Manson”, Susan Atkins, acabou por falar a uma colega de cela que ela mesma havia matado a atriz Sharon Tate, que estava grávida de oito meses quando morreu. Assustada com os detalhes que ouviu, esta colega de cela fez chegar às autoridades toda a história. E o novelo começou a ser desenrolado...

Charles foi gerado em uma gravidez não desejada de uma garota de 16 anos, que havia saído de casa um ano antes, bebia muito e era promíscua, apesar de (ou por causa de?) uma criação religiosa bastante rígida. De uma espécie de casamento bem breve que ela teve depois, Charles herdou o sobrenome Manson. Seu pai verdadeiro ele nunca conheceu.
Às vezes sua mãe sumia por dias, e Charles ficava aos cuidados da avó. A mãe acabou sendo presa, com o irmão dela, por roubo armado a um posto de gasolina, e Charles foi parar nas mãos de tios, também bastante conservadores. O tio reprimia Charles, dizia que ele era afeminado – e, para “conserta-lo”, enviou-o vestido de menina no primeiro dia de aula.
Quando a mãe foi solta, continuou com sua vida anterior: casos amorosos fortuitos, pulando de casa em casa, de cama em cama – supostamente, envolvia-se também com mulheres. Manson conta que sua mãe chegou a vende-lo em um bar, por apenas uma caneca de cerveja, e a criança teve que ser resgatada por um parente.
Ainda criança, Charles começou a furtar, continuamente. Foi mandado para um reformatório, mas ao sair continuou com os delitos. Por volta dos 12, procurou a mãe, que o rejeitou mais uma vez. Outras vezes preso, foi parar em outras instituições. Muitas vezes fugia. Chegou a passar por avaliações psiquiátricas - numa destas, postulou-se que por trás de suas mentiras e frieza estava um garoto extremamente sensível, mas que não havia recebido amor suficiente. Avaliou-se o seu QI, e era acima da média.
Poucos dias antes de ser ouvido para receber uma condicional, Charles sodomizou um garoto, com uma faca contra o pescoço do rapaz. Tinha já 17 anos. Charles relata que, nestas instituições penais pelas quais passou, já tinha sido vítima de abuso sexual, sendo que em uma ocasião foi um guarda que incitou os outros garotos, enquanto permaneceu masturbando-se, ao lado da cena.
Manson foi então mandado para uma instituição mais segura. Abusou de outros homens. Mas, já em outra prisão, aparentemente mudou de comportamento, subitamente: dedicou-se mais a aprender (finalmente foi alfabetizado) e estava mais colaborativo. Aos 19 pôde sair. No ano seguinte, casou e tiveram Manson Jr. Trabalhava em serviços de baixa especialização, pelos quais recebia pouco.
Então, para completar sua renda, roubava carros...
Foi parar novamente na prisão. Nisto, sua esposa o largou. Três anos depois, ele saiu. Virou “cafetão”. E, claro, ainda era ladrão. Ano seguinte, pego novamente, mas escapou com a ajuda de uma mulher que mentiu estar grávida dele. Mas após dar um golpe financeiro em uma mulher e drogar e estuprar a colega de quarto dela, foi preso. Estava com 26 anos e deveria passar muitos anos preso.
Nesta época, descreve-se que Charles tinha grande necessidade de chamar a atenção para si mesmo. Era manipulador. Falava de filosofias pouco conhecidas na época, como o budismo e a cientologia. Outra obsessão era os Beatles. Tinha um violão e acreditava que, tendo oportunidade, seria maior que eles. Passava boa parte do tempo escrevendo músicas.
Aos 32, podendo finalmente ser libertado, quis recusar. Tinha passado mais da metade da sua vida em instituições e disse que não saberia viver lá fora. Estávamos em 1966.
Charles saiu, teve contato com hippies e começou a arregimentar seguidores. Muitos eram meninas bem jovens e perturbadas emocionalmente. Além disso, usava de drogas como o LSD para influenciá-las. O guru Charles Manson pregava o abandono das prisões mentais engendradas pelo capitalismo. Consta-se que a Família acabou por se aproximar das “ciências ocultas”, como a “Ordem Circe do Cachorro Sanguinário” (!).
O grupo acabou conhecendo Dennis Wilson, do grupo Beach Boys. Tentaram explorá-lo, mas ele depois se livrou de Manson.

à contextualizar beatles, dennis wilson etc

Em 68, foram parar no rancho. Eles sobreviviam não só de roubar, mas também de procurar comida em restos. Charles ainda tentava gravar um filme ou um disco. Um produtor, Melcher, recusou o que na cabeça dele seria um fato consumado: gravar e lançar o artista Charles.
Charles dizia acreditar que iria acontecer uma grande guerra racial, onde os negros venceriam, mas encontrar-se-iam perdidos, porque eram inatamente incapazes de dominar. Nesse ano, os Beatles lançaram o que ficou conhecido como “Álbum Branco”, onde uma música chamada “Helter Skelter” dizia “Olhe lá fora a ‘helter-skelter’, ela está chegando rapidamente” . Então, tudo ficou claro para Manson...
A guerra deveria começar com crimes que deixassem os brancos realmente enfurecidos contra os negros. Charles e sua “família” escapariam escondendo-se no deserto. Charles havia entendido em um livro religioso que havia, no deserto, uma entrada para uma cidade de ouro. Após o fim da guerra, a Família Manson retornaria e assumiria o comando da situação. Charles era o “quinto anjo”. Os outros quatro? John, Paul, George e Ringo: os Beatles...
Como os negros não iniciaram a guerra na data que Charles achou que começariam, ele percebeu que teria que ensinar a eles o que fazer.

Madrugada de 9 de agosto de 69. Hollywood. A bela atriz Sharon Tate está grávida de 8 meses. Seu marido é o diretor Roman Polanski, que já era conhecido e está em viagem na Europa. Na casa do casal, ela recebe três amigos – uma residência isolada da cidade, e com vizinhos distantes.
Os quatro são assassinados esta noite – aliás, os cinco: o garoto em sua barriga também morreu. Além de uma outra pessoa que não estava com eles na casa, estava por perto procurando pelo caseiro.
Tiros, golpes com objetos, cordas nos pescoços e muitas facadas. Na parede, escreveram “PIG” (porco), com o sangue das vítimas.

O corpo de Tate

Sharon foi morta quase que “por acidente”. Dias antes, Charles Manson havia ido a casa à procura daquele produtor musical, Melcher, mas ele havia se mudado. Foi então que viu Tate lá e pensou que seria uma ótima vítima.

A bela Sharon Tate

Na noite seguinte a este crime, o rico casal LaBianca foi assassinado quase da mesma maneira. Charles entrou na casa, dominou o casal, amarrou-os e saiu, chamando os outros membros para terminarem o serviço. Segundo afirmou “Tex” Watson, um dos criminosos, Charles havia ordenado: “Matem estas pessoas da maneira mais (gruesome) cruel possível.”.
Na parede, em sangue, “WAR” (guerra). Na geladeira, “HEALTER SKELTER” (involuntariamente, a expressão foi escrita erroneamente).
A guerra estava começando...
O cartão de crédito roubado da senhora LaBianca foi deixado, em um estabelecimento comercial, de modo que era para ser achado por um negro, que seria então preso e acusado dos assassinatos (o tal cartão nunca foi achado ou usado...).

Alguns dias antes destes crimes, em 31 de julho, em outra jurisdição, o professor de música Gary Hinman também havia sido morto de modo semelhante (inclusive inscrições na parede). A polícia deste local havia prendido um homem, que já havia passado pelo acampamento de Charles Manson. Mas a polícia destes casos recentes não quis ver a ligação entre os crimes, e preferiu achar que a morte de Tate e seus amigos estava relacionada com problemas relacionados a drogas. Várias pessoas foram interrogadas, e o próprio Polanski foi submetido ao polígrafo (“detector de mentiras”). A mídia aproveitou-se do caso, e dizia que o casal se entorpecia, que eram satanistas, faziam orgias, coisas assim.
Polanki chegou a oferecer 25 mil dólares de recompensa por informações sobre os assassinos. O pai de Sharon, por sua vez, deixou a barba e cabelo crescerem e se infiltrou entre hippies e drogados para tentar obter informações.


Poucos dias depois do crime, um garoto achou uma arma. Era a do crime.

Calibre 22

Somente em outubro os investigadores chegaram ao Rancho Spahn, local de realização de filmes de western nos anos 20. O rancho ainda parecia uma cidade do Velho Oeste. Lá morava a “Família”, que chegou a ter até 50 pessoas. Mas estavam atrás deles por outros motivos – a queima de um equipamento, em uma estrada, que estaria obstruindo o caminho dos bugues para o deserto.
Uma das pessoas a ser presa foi Susan Atkins, por suspeita de envolvimento no primeiro assassinato, de Melcher. Na sua cela, em novembro falou à colega que tinha participado da morte de Tate. Susan tinha um comportamento incomum na cadeia: cantava, dançava, ria sozinha. Dizia que seu amante, Mason, era Jesus Cristo. Parecia pouco preocupada com qualquer coisa.

Susan

Susan afirmou que foi ela mesmo quem matou Tate, que esta implorava por sua vida. Susan teria respondido: “Olha, cadela, eu não me importo com você. Eu não me importo se você vai ter um filho. É melhor você estar preparada. Você vai morrer e eu não sinto nada sobre isto...”.
Disse ainda que provou do sangue de Tate: “Uau, que viagem! Provar a morte, e ainda dar vida.”. Falou também que queria tirar o bebê de Tate de sua barriga, mas não havia tempo. E que quis arrancar os olhos das vítimas e jogá-los contra as paredes, mas não teve oportunidade. Disse ainda que o plano seria matar, posteriormente, outras celebridades, como Frank Sinatra e Elizabeth Taylor. Mas a polícia levou algum tempo para querer ouvir a colega de cela de Susan.

O sangue das vítimas mancha a parede

Outros depoimentos começaram a dar sentido à história de Susan. O irmão de um ex-morador do rancho falou de outra morte, ocorrida em 17 de julho daquele ano, de um freqüentador do rancho que iria denunciar ao dono deste o que lá ocorria: depósito de carros roubados, uso de drogas, sexo grupal. Seu corpo teria sido desmembrado. Posteriormente, vários outros crimes cometidos por diversos membros da Família vieram à tona.
Em novembro, um promotor pegou o caso. Ele queria incriminar Charles, mas pelas informações que tinha, Manson efetivamente não tinha matado ninguém, não com suas próprias mãos.
Algumas provas materiais surgiam, enquanto Susan, por pressão de Charles, recuava no seu falatório.

Charles defendia a si mesmo na audiência preliminar. Era bem articulado. Segundo o promotor, ele “parecia considerar todos os aspectos escondidos de uma questão”. “Suas expressões faciais eram como camaleão.” Dirigia-se à Família, à corte, à platéia. Via uma mulher bonita e sorria ou piscava para ela. Elas pareciam ficar mais lisonjeadas que ofendidas. “Ele tinha uma estranha energia.”
O julgamento começou no meio de 1970. Foi quando Charles apareceu no julgamento com o “x” na testa e disse à corte que ela não tinha jurisdição sobre ele porque tinha “xizado a si mesmo do seu mundo”. Vários outros membros da Família também fizeram o “x”. Atitudes como esta faziam aumentar o espanto e a curiosidade do público.
Manson fez chegar até membros da Família ameaças de morte. De fato, uma chegou a ser quase morta. Quando evidências eram apresentadas, Charles tentava manipular, desviar a atenção para si mesmo. Chegou a dizer ao juiz que alguém deveria cortar sua (do juiz) cabeça.
A acusação durou 22 semanas! Durante a defesa, houve conflitos com seu próprio advogado, que acabou “desaparecendo”. Havia sido assassinado e depois um membro da Família confessou o crime. As defesas foram todas, em geral, fracas.
Em janeiro de 71, finalmente, o júri iria tomar suas decisões. A segurança foi reforçada, porque um membro da Família havia roubado granadas e feito ameaças.
Manson, Susan e mais dois membros foram considerados culpados. Posteriormente, mais um recebeu o mesmo veredito.
Linda Kasabian ganhou imunidade no julgamento ao aceitar colaborar na acusação.

Linda Kasabian

Quando da deliberação da pena, em março, Manson e suas garotas apareceram de cabeças raspadas. Todos os quatro receberam pena de morte. Foi o maior, o mais caro e o mais midiático julgamento nos EUA até então.
Contudo, ainda em 1972 a pena de morte foi abolida no estado da Califórnia... As penas foram transformadas em prisão perpétua, com possibilidade de condicional.

Na época, Charles virou uma espécie de celebridade, com muita gente o defendendo. Virou, depois, objeto de filmes, livros, músicas e até ópera.
Segundo o promotor, Bugliosi, “hoje, quase todo grupo minoritário e rejeitado da América, dos satanistas aos neonazistas, encampou Manson e os venenos de sua virulenta filosofia. Ele se tornou o ícone espiritual deles.”.
Em 1971, seis membros da Família tentaram roubar 140 armas de uma loja, e foram presos. O objetivo era tentar resgatar Manson.
Manson, hoje com mais de 70 anos, ainda é o prisioneiro que mais recebe cartas nos EUA. Neste período, já teve algumas punições dentro da prisão (especialmente a “solitária”), inclusive por tramar o assassinato de um presidente dos EUA (Gerald Ford), tentado por uma de suas garotas (que pegou perpétua). Já foi penalizado também por vender drogas lá dentro. Muitas vezes teve problemas com outros internos, e já foi, supostamente, envenenado, espancado e até mesmo tentaram colocar fogo nele. Também relata abuso sexual. Em 1974, foi diagnosticada uma psicse aguda.
Seu “x” na testa foi transformado em uma suástica nazista. Em uma entrevista mais recente, disse: “Eu não sinto culpa. Eu não fiz nada pelo que deva me envergonhar.” Sua condicional foi negada inúmeras vezes. Nem sempre ele comparece à audiência – uma vez, mandou apenas um cartão do jogo Banco Imobiliário: aquele que diz “Saída livre da prisão”...

Leslie Van Houten, uma das condenadas, teve comportamento exemplar nas três décadas em que passou presa e, segundo a última avaliação psiquiátrica, não representa mais perigo à sociedade. Ela afirma: “Meu coração dói e parece não haver meios de expressar a dor que eu causei. Eu não sei mais o que dizer.”. Segundo sua advogada, deveria também ser levada em conta que ela usava drogas à época e que, de certa maneira, também era uma vítima de Charles Manson. Contudo, ainda está presa.
PatriciaKateKrenwinkel também continua presa.
Charles “Tex” Watson converteu-se ao cristianismo e escreveu vários livros, na prisão. Virou uma espécie de pequeno pastor. Além disso, casou-se e teve quatro filhos! Sua família mora perto da prisão. Também teve a condicional negada várias vezes.
Susan, ou “Sadie”, como era chamada por Manson, esteve casada por duas vezes, na prisão. Condicional foi negada várias vezes. “Eu não tenho que pedir desculpas somente às vítimas e suas famílias, eu tenho também que me desculpar com a sociedade. Eu pequei contra Deus e tudo que este país preserva.”, disse.

Susan, em 2001

Nestas audiências da condicional dos envolvidos, geralmente a irmã de Tate comparecia e pedia pela manutenção da prisão.
Linda Kasabian passou mais um tempo presa, depois, por outros crimes, e hoje não se sabe onde está.
Outros membros não condenados à época também foram parar na cadeia por diversos motivos, incluindo homicídios. Suspeita-se que Manson pode estar envolvido em algumas destas outras mortes, mesmo estando preso, visto que ainda continuou a ter uma boa quantidade de seguidores.
O filho de Manson matou-se, em 1993.

É interessante a discrepância entre o comportamento, hoje, de Charles e do restante da Família. Nenhum dos outros nega que tenha participado dos fatos, e todos falam em arrependimento. Manson, ao contrário, nega qualquer participação nos eventos.
Em uma entrevista concedida a um programa de TV em 1981 (de conteúdo semelhante a todas as outras concedidas antes ou depois desta data, por sinal), ele fala bastante:
* sobre a liderança que exercia: “Não sou a droga de líder de ninguém e não sou seguidor de ninguém.” “Eu disse: façam o que vocês quiserem.”
* sobre “Helter Skelter”: “Era uma música que algumas pessoas cantavam!”
* sobre a dor que causou: “Eu costumava ter que me deitar e tinha minha bunda invadida até eu não poder andar. Me fale sobre o que é dor... A dor não é ruim, é boa. Ela ensina coisas a você.”
* sobre seu psiquismo: “Eu nunca pensei que fosse normal. Nunca tentei ser normal. Eu não sei nada sobre o que é ser normal. Passei a minha vida inteira na cadeia, cara.” “Eu não gosto de receber atenção. A maioria das pessoas inseguras precisa de atenção. Eu não.”
* sobre os crimes: “Eu não violei a lei. O juiz sabia disso. Mas as pessoas não queriam ouvir isso. O juiz lavou as mãos.” “Só porque você foi condenado em um julgamento, isto não quer dizer que você é culpado de alguma coisa.” Fica irritado com o entrevistador, por ele acreditar em tudo o que leu, e diz que ele parece um “advogadozinho”.
* sobre o assassinato do professor de música: “Eu apenas cortei a orelha dele.”; afirma que teve motivos para isso, mas os explica de maneira bem vaga
* sobre seu envolvimento no caso LaBianca: “Nada é ‘sim’ou ‘não’.” Enrola bastante e não responde, começa a falar sobre preservação de baleias...
* sobre o plano de matar outros artistas: “Se eu quisesse feri-los (harass) então eu deveria simplesmente não assistir a seus shows.”
* sobre sua vida atual: “A prisão está na sua mente, cara, como você bem sabe.” “Se me perguntam ‘Você está preso?’, eu digo ‘Não, eu simplesmente estou aqui’.”
Após a entrevista, o repórter falou da impressão que teve de Charles: “Eu acho que ele tem tanto medo de nós quanto nós temos dele.”




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